20 de janeiro de 2016

De regresso ao Pensar a Educação (Portugal 2015)

Regressando à Conferência “Pensar a Educação – Portugal 2015”, que teve lugar em Maio do ano passado, na Fundação Calouste Gulbenkian, pareceu-nos útil prolongar o debate que teve então lugar. Daí que importe relembrar algumas das questões ali apresentadas, por nos parecer que é do maior interesse a continuação da discussão ali realizada, com base numa participação alargada, para a qual todos são convidados.

No que respeita à Educação de Infância, entendida como a que respeita às crianças dos 0 aos 6 anos, eis algumas questões relevantes:

· Dado o reconhecimento generalizado da importância do papel da Educação da Infância na promoção do sucesso educativo e da igualdade de oportunidades, não será uma lacuna grave a inexistência de uma Política de Infância? Esta Política deveria permitir articular as várias medidas económicas, sociais e educativas, com a finalidade de promover o bem-estar das crianças e das suas famílias? Que aspectos deveriam ser cobertos pela Política de Infância e quais as entidades que deveriam ser chamadas a colaborar na sua definição e implementação? Haverá lugar para a criação de um organismo de coordenação, tutelado ao mais alto nível de governação?

· Sendo conhecida a relevância da pobreza infantil no país e tendo-se constatado que as dificuldades económicas e sociais dos últimos anos agravaram a situação das crianças, deverão as creches e os jardins-de-infância apoiar as famílias em contexto fragilizado? Como organizar esse apoio às famílias? Como reorientar a formação dos educadores de infância de modo a promover o melhor conhecimento destes profissionais sobre os direitos humanos e da criança e o trabalho de parceria com adultos, designadamente os profissionais de educação, de saúde e de acção social?

· Como gerir o tempo de permanência das crianças nas creches e jardins-de-infância, dada a existência de situações dificilmente conciliáveis, como são as impostas pelos horários de trabalho dos pais e a conveniência de mais tempo para as famílias acompanharem as suas crianças?

Sem comentários:

Enviar um comentário

Os comentários são sujeitos a moderação.