2 de novembro de 2015

Interculturalidade e heterogeneidade nas escolas

São actualmente muitas as escolas onde, na mesma turma, podem ser encontrados alunos pertencentes a diferentes nacionalidades, etnias e origens sociais. As oportunidades e dificuldades colocadas por esta situação têm sido objecto de alguma reflexão.
Há quem defenda que a luta contra o abandono escolar de alunos pertencentes, por exemplo a minorias mais desfavorecidas, exige a constituição de turmas homogéneas, para que haja uma atenção reforçada para com estes alunos, para além da necessidade de não virem a prejudicar os outros.
Não existindo uma avaliação segura dos resultados obtidos, sendo que a experiência porventura mais conhecida foi a ensaiada com alunos de etnia cigana, o tema parece ter sido abandonado, afigurando-se porém que não está esgotado, merecendo que se volte a ele.
Para tanto, importa não esquecer os princípios sobre os quais assenta a escola pública, ou seja, “um local onde todos os estratos sociais estão presentes e onde as crianças aprendem a conhecer as diferenças e a constituir uma sociedade intercultural”.
Face às exigências colocadas por um mundo globalizado, onde os recentes fluxos migratórios para a Europa atingem quantitativos cada vez maiores, há que enfrentar desafios, sob pena de se fazer renascer sentimentos de intolerância e discriminação, propícios à eclosão de conflitos sociais. Não será então urgente reforçar o debate sobre o papel da escola na construção da interculturalidade e da coesão social?

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